quinta-feira, 6 de agosto de 2015

cigarras

 

   
Nestes dias quentes de Verão não se ouve outra coisa, noite e dia, é a cigarra que faz a festa. Hoje fui à procura delas, apesar do barulho denunciar a sua localização, é difícil encontrá-las. Primeiro porque se calam quando sentem a nossa presença, segundo, porque são demasiado parecidas com os ramos em que pousam. Mas consegui este registo, prova superada!
Fiquei com alguma curiosidade em relação a estes bicharocos tão barulhentos e investiguei um pouco. Alimentam-se da seiva das árvores e é o macho que canta para atrair a fêmea usando um compartimento interno da barriga. O som que produzem pode chegar aos 120 decibéis, o mesmo que provoca a descolagem de um avião a jacto. Na fêmea a barriga carrega os ovos. Assim que põem os ovos morrem. Os ovos eclodem e os pequenos rebentos caem no chão, a partir daí têm que cavar túneis para encontrar as raízes e depois subir pelas árvores, neste processo sofrem uma metamorfose, a ecdise (processo de crescimento onde ocorre muda do exoesqueleto por um novo), tornam-se adultas e prontas para o acasalamento, e começa tudo outra vez.
Afinal não é uma vida fácil como dizia La Fontaine.
 

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